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Município de Elvas
2021
Em equipa com:
Stripeline
Encerrado ao público desde 2004, o MAEE é o
maior museu da sua temática presente no Alentejo. Em 2021 reabriu no antigo
edifício da Manutenção Militar de Elvas, após obras de adaptação. Este museu
cruza as coleções do Museu de Arqueologia António Tomás Pires com a coleção do
Grémio da Lavoura de Elvas, as quais deram origem à exposição permanente “O Território, do passado ao presente, das pessoas aos objetos”.
O projeto museográfico e de ambiente digital criado para esta exposição assenta em três pilares, interligados entre si. A História do território, das pessoas e
dos objetos, presentes ao longo te toda a exposição, e que que inspiraram
também a linguagem gráfica, rica em cores e formas do próprio Alentejo; as Pessoas,
enquanto elemento principal da narrativa, que comunicam com o visitante através
de objetos, ilustrações e animações; e o Tempo, por estarmos diante de um
Museu que se pretende que perdure no tempo, com uma layer digital
independente e com espaço para pontuais atualizações.
Na sala Biblioteca, um Livro Aumentado mostra informação impressa sobre as duas coleções e instituições que dão vida ao MAEE.
À medida que o visitante folheia o livro, há conteúdos digitalmente animados
que surgem sobre as folhas, e que não cabiam nas suas 20 páginas, que
enriquecem a informação.
A sala dos Fornos é dedicada à tríade da alimentação
mediterrânea, o Pão, o Vinho e o Azeite, representada em 3 mesas, elemento que
representa a família, as tertúlias e as refeições. Através de um vídeo mapping interactivo, damos a possibilidade ao visitante de tocar em
determinados pontos e aceder a conteúdos animados, que ajudam à interpretação
dos objetos e dão a conhecer a dieta alimentar dos antigos Ganhões.
Para homenagear o património cultural imaterial de Elvas,
criámos um espaço mágico a que chamámos de “Contanário”. O seu formato em
caracol remete para as memórias de infância à volta da fogueira, quando os avós
contavam histórias e passavam conhecimento, ideal para podemos ver e/ou ouvir
as mais diversas histórias do povo Elvense.
À entrada da sala principal do MAEE, o visitante é convidado
a explorar a vasta rede de pessoas e instituições que contribuíram para a
Arqueologia em Elvas, bem como para a maioria dos objetos expostos nas
diferentes salas, através de um vídeo mapping interactivo, projetado
numa parede que reage ao toque do visitante.
Contornando esta parede,
encontramos uma sala corrida, dividida em cinco linhas temporais, que articulam
a etnografia em comunhão com a arqueologia, através de grafismos, ilustrações e
expositores que convidam à descoberta. Nesta sala vamos ainda encontrar dois
pontos de paragem obrigatória. O primeiro um ecrã vertical, que funciona como
janela para a Villa Romana da Quinta das Longas, totalmente reconstituída
em 3D, e que pode ser explorada através de comandos presentes num totem.
Mais ao fundo, um expositor cheio de sêmola de trigo (cereal amplamente
cultivado em Elvas, durante o século passado) convida todos os visitantes a se
tornarem arqueólogos por breves momentos. Ao escavarem a Praça da República,
vão descobrir diferentes objetos que ali foram encontrados e a sua função. Mas
de forma suave, para que eles não se partam.
A visita está próxima do fim e já se ouve ao longe a festa de S. Mateus, que se avistam desde o cimo da rampa. Mas antes somos imersos num ambiente mais escurecido e intimista,
que nos vai revelar os rituais de enterramento, através de peças expostas e de
conteúdos digitais, projetados e controlados a partir de um totem.
O MAEE foi desenvolvido para que, primeiro, as gentes do
território de Elvas sintam orgulho no seu passado e nas suas tradições e,
depois, quem visite Elvas, sinta que há muito para descobrir neste território. Da
nossa parte, esperamos que o tempo passado neste museu, seja recompensador e
convide a uma segunda ou terceira visita.