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Município de Lagos
2017
Prémios:
APOM 2017: Melhor Aplicação Multimédia, Menção Honrosa
Em equipa com:
P-06Expocena
No ano de 1443, os navios chegam a Lagos com uma
“mercadoria” especial: os primeiros africanos são vendidos nas portas da vila.
Apesar deste passado obscuro da cidade de Lagos, a Câmara Municipal decidiu
criar um espaço de memória a estes
primeiros africanos, tornados
escravos, em território
português.
O desafio maior foi criar um museu em que o conteúdo se
apresentasse com diferentes densidades e camadas, no qual a tecnologia fosse o
menos importante, mas que acrescentasse valor, criando uma experiência mais
enriquecedora aos visitantes.
Partindo desta lógica de diferentes densidades e camadas, e
em conjunto com a P-06 Atelier, criámos uma exposição que funciona sem recurso
a conteúdos digitais.
Em cima desta exposição com uma vertente mais física, analógica e elegantemente desenhada,
adicionou-se uma camada digital subtil, que encontramos em ecrãs
escondidos em vitrines e totems de exposição.
O visitante apenas se
apercebe da sua presença quando o conteúdo digital surge de surpresa.
Chamámos-lhes “Ecrãs Fantasmas”, pois apenas ganham vida quando, de surpresa,
uma memória com 500 anos é evidenciada ou uma personagem pisca o olho, por
exemplo.
Para os visitantes com vontade de aprofundar o seu
conhecimento e interagir mais com os conteúdos, foi adicionada uma terceira
camada acessível através de realidade aumentada. O visitante é convidado a utilizar um dos tablets disponíveis à entrada da exposição, e a apontar para mapas,
ilustrações e objetos identificados na exposição, por forma a descobrir novas
histórias, como por exemplo, observar o "Mapa de Cantino" animado, ver uma colher
de marfim reconstruída, ou assistir à evolução, da cidade de Lagos, ao longo dos séculos.
Por
vezes, a tecnologia é um meio para derrubar barreiras físicas e/ou mentais, e
foi também isso que aconteceu neste projeto. O edifício do Mercado de Escravos
não pode ser adaptado para pessoas com dificuldades motoras. Assim, para
ultrapassar esta dificuldade arquitetónica, foi desenvolvida uma visita imersiva em 3D a
toda a exposição, acessível através de óculos de realidade virtual.